Numa edição história da revista
Rolling Stone – a de 13 de julho de 1991 –, Madonna aparece numa fase de sua carreira em que só havia ascensão. E ela já mostrava para o que tinha vindo. Com direito a entrevista com a
Carrie Fisher (pois é, Princesa Leia e Madonna na maior conversa de menininha, how cool is that?) e um ensaio feito pelo
Steven Meisel chamado
Flesh and Fantasy, que tem uma pegada bem anos 20, fetichista, O Grande Gatsby, mulheres usando terno, homens usando cinta-liga, mulheres usando terno beijando mulheres que usam cinta-liga, uma bagunça digna daquelas festas da Belle Époque. Separamos algumas fotos legais do ensaio e, entre elas, você lê trechos da entrevista. Saca só:
C: Você achava que era atraente? M: Quando eu era pequena, absolutamente não.
C: Então, quando começou a achar? M: Quando eu comecei a achar que era atraente? Quando comecei a ouvir isso da minha professora de ballet, aos dezesseis.
C: Quem te contou sobre o sexo, seu pai? M: Quem me contou? Minha madrasta, e eu lembro de ter ficado horrorizada. Eu tinha dez anos e tinha acabado de menstruar. Foi tipo "Ok, é melhor contar logo pra ela". Eu lembro que minha madrasta estava na cozinha, e eu estava lavando a louça. Então, toda vez que ela falava
pênis, eu ligava bem a torneira para fazer um barulho forte e não ouvir o que ela tivesse falando. Eu achei que o que ela me falava era absolutamente horrível. Medonho, mesmo. Eu odiei a palavra, eu odiei a coisa toda.
C: Vamos direto ao ponto: o caminho mais curto para o coração de um homem não é pelo estômago, é por boquetes. M: Eu nem gosto de boquetes.
C: Você já foi fotografada beijando mulheres. Elas beijam como os homens? M: Às vezes, melhor. Eu já beijei mulheres que eram péssimas. Mas eu só
beijei mulheres, no entanto.
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