Saul Leiter (1923-2013) é um fotógrafo e pintor americano. Nascido em Pittsburgh, ele baseou a maior parte da sua vida e carreira em Nova York, clicando uma calma e quietude raras em um lugar caótico como Manhattan. É considerado uma peça-chave no surgimento de um movimento conhecido como New York School of Photography, além de ter experimentado com fotografia a cores bem antes de Eggleston, por exemplo. O trabalho desse cara, apesar de incrível, é ainda muito pouco conhecido no mundo todo. Em alguns momentos, ainda em vida, ele experimentou maior reconhecimento – um documentário chamado In No Great Hurry: 13 Lessons in Life with Saul Leiter (2014), feito por um grande fã do fotógrafo, retrata ele como um cara muito buena onda, cheio de aforismos e que nem se preocupava muito com toda essa coisa de reconhecimento. Além das fotografias em cores, de grandes cidades, ele também fez um trabalho sensacional com fotos eróticas (muitas delas, inclusive, retratando a companheira de Leiter, Soames Bantry). Em algum desses momentos em que ele não estava experimentando a fama e o sucesso internacionais, Saul continuou trabalhando e pintou todas as fotografias em preto e branco, colocando cor e movimento nas mulheres que fotografou. Esse trabalho foi lançado nesse ano pela Sylph Editions, num livro chamado Painted Nudes, e as cores e traços de Leiter são de cair o queixo. Fonte