O Tantra surgiu na Índia há mais de 6 mil anos. Tudo começou quando alguém não concordou com aquela história de que a sexualidade tinha que ser rejeitada para que o indivíduo alcançasse a iluminação. A maior parte das religiões, se a gente pensar bem, colocam o corpo e os interesses materiais como obstáculos no caminho do bem. Mas a premissa desse pessoal era a de que, com suficiente intimidade, carinho e respeito mútuo, uma relação sexual podia, sim, servir como um caminho para o divino (bem como outros prazeres terrenos – a comida, a dança, a expressão artística...). Essa iluminação não só refletia espiritualmente como também no corpo como um todo. (aquela história de transar bem e ficar com a pele boa hehe) O sexo passa a ser encarado como um ritual (eita celebração boa). E a mulher, considerada uma deusa. Além disso, para o sexo tântrico, existe diferença entre um orgasmo e uma ejaculação. Ainda que eles costumem acontecer ao mesmo tempo, os homens são capazes de ter orgasmos sem ejacular, porque passam a controlar bem mais a ejaculação (o que, é claro, não significa que eles nunca possam gozar). A essência, dizem os experts do Tantra, é pegar uma onda de energia e surfá-la, sem sair de sua crista (e, para isso, existem até exercícios musculares). E surfar nessa onda maravilhosa de energia pode garantir prazer ininterrupto (ou intermitente) por muito, muito tempo. Bem, você não precisa virar budista para ter relações sexuais maravilhosas que duram duas horas. apesar de que o budismo é sempre uma boa ideia. Exercícios de sexo tântrico podem te ajudar com várias coisas aí – desde a ejaculação rápida demais até a falta de tesão e aquela 'esfriada' no relacionamento. Dá uma olhada em alguns dos princípios e dicas do Tantra: Preste atenção na respiração e nas reações ao toque: é bem comum que a gente fique um pouco afobado numa rapidinha. Mas é muito importante respirar direito (o tempo todo) e se concentrar no toque e nas reações – a sua e a do seu parceiro – aos toques e carícias. Olhe bastante no olho, diga coisas bonitas e tente estimular os cinco sentidos (seus e dele(a)). É dando que se recebe: ainda que pareça um pouco passivo, é legal fazer uns exercícios do tipo primeiro, só você beija – e aproveita para descobrir cada canto do corpo do outro. Depois, é a vez dele(a), e aí você só para e aproveita. Nessa hora, concentre-se! Nada mais é tão importante quanto dar e receber prazer. Tire as panelas do fogo, desligue a TV, tranque a porta, coloque o celular no silencioso. Desconecte do mundo. Vários dias só com preliminares: se vocês costumam se ver bastante, dá pra ficar alguns dias sem uma transa completa. Aí, vocês ficam só nas preliminares e dá tempo até pra coisas como uma massagem relaxante (e excitante) de meia hora. Espere só pra ver quanta tensão sexual acumulada vocês terão quando resolverem ir até o fim. Falem muito sobre sexo: há quem diga que grande parte do prazer sexual de uma relação está na cabeça, e não exatamente nos órgãos sexuais. Bom, exercitar a imaginação é um ótimo caminho! Conversem abertamente sobre sexo – o que cada um mais gosta, o que é melhor/ou não... Diálogo aberto resolve muita coisa. Tentem coisas novas: explorem seus tabus! Estamos em 2014 e já não precisa morrer de vergonha de coisas que você acha que adoraria. Dentro do limite saudável, não há muito limite pra nada que se faz na cama (ou fora dela). Aproveitando essa parte toda da conversa, vocês podem tentar coisas que os dois curtem e acham que poderia ser legal. Fontes e mais sobre o assunto (em inglês) aqui e aqui.