Ter um
vibrador guardado na gaveta hoje pode parecer uma coisa de gente
pra frentex, bem resolvida e moderninha (porém não nos enganemos, porque as pessoas mais improváveis também têm vibradores, só que escondidos beem lá no fundo do armário). Mas, desde sua invenção, esse objeto tem gerado um
buzz (han, haaan?) enorme e fica ora do lado
respeitoso da história, ora do lado
depravado. Agora, se você ficar sabendo da história do vibrador e da motivação por trás dessa
abençoada invenção, vai achar que estamos de zoeira. Mas é tudo verdade, olha só: Os primeiros vibradores surgiram no final do século 19 (lá por 1869) para auxiliarem em tratamentos médicos. Cabe lembrar que, naquela época, alguns médicos começavam a sugerir que assim, taaalvez, lavar as mãos e usar objetos limpos para fazer curativos em pacientes poderiam ajudar a cicatrizar os ferimentos mais rápido. Então, eles estavam no caminho da evolução, mas ainda
tinham umas ideia errada. E, dentre essas ideias erradas, estava a de que a mulher não podia (ou não devia) ter prazer sexual nenhum. E havia um nome para a condição feminina de
abstinência sexual de sintomas como dor de cabeça, irritabilidade e comportamento melancólico ou irracional - histeria. Sejamos francos: no fim do século 19, se uma mulher levantasse a voz para o marido, já era considerada uma doente mental, só por essa enooorme insolência. Daí que os médicos acreditavam que a histeria era causada por problemas no útero e um dos tratamentos mais difundidos passou a ser a massagem no clitóris, que era feita pelo médico em consultório.
Calcule o tamanho da fila pra consultar. Com o tempo (e, principalmente, com o advento da energia elétrica), foram surgindo
maquininhas massageadoras (o que deve ter diminuído muito a taxa de tendinite entre os doutores da época). No começo dos anos 1900, os vibradores eram vendidos como aparelhos domésticos, na mesma página da propaganda do aspirador de pó e da batedeira (e as
donas de casa daquela época que eram felizes com
tanta coisa para a cozinha, né não). Mas, quando começaram a ser utilizados em vídeos pornô e com mulheres
depravadíssimas, começaram a ser mal vistos. Isso até a liberação sexual dos anos 60-70 (a quem devemos muitos agradecimentos), quando voltaram a ser o que são, de certa forma, até hoje:
brinquedos adultos, enfim, coisas absolutamente normais. Ficou curioso com a história da histeria e da invenção do vibrador? Saiu um filme, em 2011, que conta tudo isso (baseado em fatos bem reais
infelizmente), chamado Histeria (
óó). É com a
Maggie Gyllenhaal (num papel bem mandando-ver): https://www.youtube.com/watch?v=mLVwORa8eOY